domingo, 13 de dezembro de 2009

O último do ano

Caros e pacientes amigos, informo que esta é a última postagem de 2009; mas não se desesperem, no ano que vem voltarei. Então, apreciem com moderação esta postagem, mais um festival de bobagens.



Brincadeiras com a língua

Estou me referindo à língua portuguesa, a última flor do Lácio inculta e bela, no dizer de Olavo Bilac.
Uma de minhas manias é fazer brincadeiras e joguinhos de linguagem. Uma que eu curto é a transposição de sílabas entre palavras, como Teoparo Sandaio ao invés de Teodoro Sampaio ou Caetoso Velano no lugar de Caetano Veloso. Brinco disso desde os meus tempos de ginásio e me lembro que o jornal Gazeta Esportiva virava Gativa Esporzeta.
O pior é que essa neura é hereditária, tanto que meu filho Rodrigo também gosta de brincar disso e criou um joguinho: o que é que certas coisas passaram a ser quando desistiram de ser o que são hoje. Falando assim parece complicado, mas dando exemplos fica fácil: o que a mola passou a ser quando não quis mais ser mola? Ela tornou-se esmola; o trago virou estrago e a tampa, estampa. Sacaram? Já listei dezenas dessas coisas e de vez em quando descubro uma nova.
É um joguinho legal para ajudar a passar o tempo, por exemplo, numa sala de espera de consultório ou esperando a mulher acabar de se vestir para saírem ou na fila da caixa do supermercado.
Quem quiser colaborar é só mandar para o meu e-mail.



Filosofia barata

Os velhos dão bons conselhos porque não conseguem mais dar maus exemplos.


Seção "colaboradores"



O meu amigo Eduardo Pires, talvez animado com a receita do Pudim de Pão da Preguiça que eu publiquei há algum tempo neste blog, me mandou também uma receita que, acredita ele e eu concordo, será muito apreciada por vocês, a do "Frango com Whisky". Se alguem experimentar fazer e não der certo, reclamem com ele; terei o máximo prazer em fornecer os telefones, endereço e e-mail do Edu. Eis a receita:


Frango com whisky


Ingredientes:
- 01 garrafa de whisky (do bom, claro!)- 01 frango de aproximadamente 02 quilos- sal, pimenta e cheiro verde a gosto - 350 ml de azeite de oliva extra virgem- nozes moídasModo de preparar:

- Tome uma dose de whisky- pegue o frango
- beba uma dose dupla de whisky- envolver o frango e temperá-lo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto. - tome outra dose- massageá-lo (o frango) com azeite.- Pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos.- Sirva-se de uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda.- Use as nozes moídas como 'tira gosto'. - Colocar o frango em uma assadeira grande.- Sirva-se de mais duas doses de whisky.- Axustar o terbostato na marca 3, e debois de uns vinch binutos,
otar para assassinar- digu: assar a ave.- Derrubar uma dose de whisky debois de beeeia hora,- formar abaertura e gontrooolar a assadura do frango..

- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra dose araaaaada de whisky.- Cozer (?), costurar (?), cozinhar, sei lá, voda-se o vrango.- Deixáááá o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas.- Tentar retirar o vrango do vorno -- num vai guemar a mão, garaio! - Maaaandar mais uma boa dose de whisky pra dentro . . de você, é claro.-Tentar novamente tirar o sacana do vrango do vorno, porque na primeira teenndadiiiva nããão deeeeuuuuuu.- Begar o vrango que gaiu no jão e enjugar o filho da puda com o bano de jão e cologá-lo numa pandeja
ou qualquer outra borra, bois avinal você nem gosssssssssta muito dessa bosta de marreco ...!!!



Boas Festas

Desejo a vocês um Natal bem alegre e um Ano Novo muito feliz.






































quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Eu hoje estou irado

Cazuza

Recebi há algum tempo um e-mail que reproduzo a seguir. Como muita coisa que rola na Internet, não sei foi mesmo uma psicóloga que escreveu, mas, na minha opinião, está muito bem escrito.
Não vi o filme nem li o livro, porém sei que em certas rodas, jovens que não bebem nem se drogam são considerados caretas. Tá na cara que esse conceito de caretice foi criado e é divulgado por traficantes, interessados em manter e ampliar sua clientela.
Gostaria de saber a opinião de vocês sobre o assunto; cartas para o meu e-mail: kir.robertoa@gmail.com.

Aqui vai o e-mail na íntegra:

Uma psicóloga que assistiu ao filme escreveu o seguinte texto:
“Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado.

No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não. Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário? Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser “amigo” de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.”

Filosofia barata

Por mais que uma pessoa goste de sua família, de seus amigos e dos companheiros de trabalho, tem necessidade dce ficar sozinho de vez em quando. Nem que for só para peidar.

Segurança Nacional

Não entendo porque o governo ainda não aplicou a lei de segurança nacional para tentar acabar com a guerra civil que assola a ex - Cidade Maravilhosa.
Os traficantes dispõem de verdadeiros exércitos, bem treinados e equipados com armas modernas e poderosas, mais até que as da própria polícia. Essas armas entraram clandestinamente no Brasil ou foram roubadas de quartéis e, em ambos os casos, isso é um perigo para a segurança nacional.
Essas armas poderiam ser usadas numa revolução contra o governo, em atentados contra autoridades ou em atos terroristas; portanto o governo já deveria ter acionado as Forças Armadas e os serviços de inteligência e espionagem para liquidar a questão.
Vocês se lembram que há 2 ou 3 anos o PCC mandou executar uma série de atos terroristas em São Paulo e quase paralisou a cidade? Isso evidentemente é um atentado contra a segurança nacional e deveria ter sido combatido adequadamente. A ordem para esses atentados partiu de presídios onde estavam os líderes do PCC e o governo federal perdeu uma ótima oportunidade de neutralizar definitivamente esses líderes.
Seria muito simples: como existia uma ameaça contra a segurança nacional, (paralisar São Paulo é paralisar o Brasil) o governo tinha o direito e o dever de mandar tropas para os presídios, retirar de lá os chefões do PCC e de outras facções criminosas e sumir com eles, levando-os para guarnições militares situadas nas regiões mais distantes das grandes cidades e mantê-los lá incomunicáveis. Quando os advogados dos bandidos fossem tentar localizá-los bastaria invocar a lei de segurança nacional e dizer que os locais seriam mantidos em sigilo até segunda ordem; claro que nunca haveria segunda ordem.
Estou convencido que se isso tivesse sido feito, a bandidagem iria diminuir radicalmente.

Apagão mental

O brasileiro se acha o povo mais esperto do mundo, mas volta e meia aprontamos uma besteira. Em São Paulo é obrigatória a inspeção veicular para carros fabricados depois de 2003, enquanto que os carros mais velhos estão liberados da inspeção. O mais elementar bom senso mandaria fazer exatamente o contrário.
Agora a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - criou um novo padrão de tomadas elétricas totalmente diferente das usadas em outros paises; dentro de um certo prazo, seremos obrigados a trocar todas as tomadas de nossas casas porque a indústria será obrigada a produzir aparelhos elétricos com plugs compatíveis com essas tomadas. E como iremos usar os aparelhos que temos hoje? Como essas tomadas são as únicas no mundo, os adaptadores existentes no mercado não servirão para nada.
Seria muito mais lógico escolher o modelo adotado pelos Estados Unidos ou pela Europa, já suficientemente testados, mas não, nós sabemos fazer melhor que os outros e vamos criar o nosso próprio padrão e o povo que se dane.
Se fosse em Portugal estaríamos morrendo de rir.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Resultado da pesquisa e outros bichos

Resultado da Pesquisa

No blog anterior pedi que vocês respondessem a uma pesquisa sobre a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil em 2016 e recebi grande número de respostas.
Não fiquei surpreso com o resultado; quase todos acham que vai haver uma roubalheira generalizada e que o dinheiro a ser gasto deveria ser aplicado em coisas muito mais necessárias, como saúde, educação e segurança.
Uma das respostas dá uma idéia da opinião média dos que responderam a pesquisa; eis um trecho dela:
“Os jogos olímpicos no Brasil serão bons para quase todos os níveis da sociedade. Os hotéis, taxistas, linhas aéreas, políticos, traficantes, trombadinhas irão lucrar. Quase todo mundo vai ser dar bem, só o povão que trabalha vai se f...”.


Haja saco


Eu estou sentindo na pele o que se convencionou chamar de “Custo Brasil” para designar os entraves burocráticos, impostos, taxas e demais aporrinhações que atingem quem se propõe a realizar qualquer coisa neste País.
Estou tentando fazer uma coisa muito simples: registrar em nome de Karola um terreno (situado em Botucatu) que ela herdou. O terreno pertencia ao pai dela, com a morte deste passou para a mãe e finalmente ficou para Karola; tudo isso está devidamente registrado e sacramentado nos processos de inventário dos pais e consta claramente dos Formais de Partilha, portanto tudo dentro da mais perfeita legalidade e clareza. Assim, o registro desse terreno deveria ser extremamente simples, bastaria levar ao Cartório de Registro de Imóveis de Botucatu os Formais de Partilha, provar que o IPTU do imóvel está devidamente pago, pagar as taxas do Cartório e fim.
Ledo engano; o gênio que dirige o Cartório pediu cópias autenticadas do RG e CIC dos falecidos! Pô, para que serve isso? Os números do CIC e RG constam obrigatoriamente dos processos de inventário e a apresentação das cópias desses documentos não prova que Karola é a herdeira; alem disso pediram também cópia da Certidão de Casamento dos falecidos, apesar de constar nos processos de inventário que eles foram casados no regime de comunhão de bens.
Não vou nem contar a epopéia que foi a obtenção de um documento que equivale ao RG referente a uma pessoa falecida em 1982.
Já estamos há mais de 3 meses nessa briga e espero que termine antes das Olimpíadas do Rio.
No Brasil a norma é complicar e os Cartórios são mestres nessa arte.



Valeu Rubinho

Nunca escondi a antipatia que nutro pelo Barrichello, nosso cavaleiro da triste figura; ele bem merece um Cervantes para narrar sua biografia. Também não misturo patriotismo com esporte profissional (será que ainda existe algum esporte amador?) O esportista profissional está sendo pago para exibir seu talento, da mesma forma que um músico ou equilibrista e não me sinto na obrigação de torcer por ele só por ser meu compatriota. Eu torço por aqueles com os quais eu simpatizo, seja qual for sua nacionalidade; claro que se for brasileiro é mais confortável, me junto à multidão insuflada pelos Galvões Buenos da vida.
Todo esse intróito foi para dizer que gostei da vitória do Button no GP do Brasil de F-1. Gostei também da vitória do Lewis Hamilton ano passado, pelo fato de um negro conseguir pela primeira vez se impor num esporte dominado por brancos.
Para terminar, se eu fosse presidente do Corinthians faria um apelo ao Rubinho: nunca mais apareça em público com a camisa do clube; é um grande desprestígio, para ambos.



Utilidade Pública

Estamos na primavera e este blog informa em primeira mão: vai-se a gripe suína e vem a dengue.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eu até esquecci

Meus amigos (as), acreditem, esqueci que tinha este blog. Depois de receber centenas de e-mails de leitores indignados, estou mandando mais uma postagem.
Desta vez vocês vão levar de brinde uma receita, a do Pudim de Pão da Preguiça, tão fácil que até eu consegui fazer. Para quem gosta de doces caseiros vale a pena experimentar.
Estou também fazendo uma pesquisa de opinião e reclamando, rabugento que sou, de um modismo de linguagem que me irrita.
Tomem coragem e leiam.

Modismos de linguagem

O brasileiro tem mania de inventar modismos de linguagem que me irritam profundamente. Agora que o “gerundismo” está em decadência apareceu a mania do duplo sujeito na frase, falando-se “ele” ou “ela” depois do sujeito. Exemplo: O consumidor, ele tem o direito de trocar um produto.
Pra que esse “ele” depois do consumidor? É uma frescura que já está virando moda. Eu costumo ouvir no carro a Bandnews, uma estação de FM que transmite notícias e variedades; já ouvi diversos entrevistados empregarem esse vício de linguagem, inclusive ministros, empresários e outros personagens que supostamente deveriam conhecer melhor a língua portuguesa.
Outro vício, que poucos percebem, mas que é muito comum, é a introdução da palavrinha “”; nesse caso até locutores e comentaristas cometem essa babaquice. Exemplo: Vamos todos aí protestar contra o aumento de preços.
Esse “aí” é totalmente desnecessário, não é advérbio de lugar nem de nada; não lembro quando isso começou e como ninguém comenta, certamente vai continuar a ser usado.
Eu também vou começar a inventar moda, mas na linguagem escrita; vou adotar a regra de, quando possível, suprimir uma ou mais letras, substituindo-as por apóstrofo, o que aliás já fiz algumas vezes. Exemplos: vou pela Vi’Anhanguera; outro: estou c’Anna. Mais um: depositei dinheiro n’Itaú.
Com a generosidade que me caracteriza, autorizo desde já a usarem esse moderno sistema de escrita sem o pagamento de direitos autorais.


Pesquisa

Dizem que pãos ou pões é questão de opiniães; assim, eu gostaria de saber a opinião de meus amigos sobre a realização dos Jogos Olímpicos no Rio em 2016. Tendo em vista as condições sócio-econômico-cultural dos fiéis(?) leitores deste humilde blog , o resultado desta pesquisa retratará com boa precisão a opinião da elite dominante do Brasil.
Então, vocês acham que será bom ou ruim para o Brasil? Respostas para o meu e-mail:
kir.robertoa@gmail.com
.

Agradeço desde já e divulgarei o resultado no próximo blog.
Se ninguém responder, não tem problema, eu invento o resultado.


Pudim de Pão da Preguiça


No liquidificador:
1 litro de leite;
4 ovos inteiros;
2 xícaras de chá de açúcar;
Casca de uma laranja.

Forrar uma forma grande com calda de açúcar queimado. Pôr fatias de pão em volta da forma, grudando-as bem na calda. Pôr fatias de pão até a metade.
Acrescentar uvas passas, nozes e, opcionalmente, queijo ralado ou coco ralado.
Encher a forma até a borda com fatias de pão. Colocar os ingredientes batidos no liquidificador em cima de todo o pão; com uma colher, ir pressionando para embeber bem o pão no leite. Levar ao forno (não é banho-maria) por 30 a 35 minutos. Pode ser congelado.




segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um dia na vida de um paulistano

Hoje eu passei o dia todo quase sem pensar em português. De manhã fui ao shopping center comprar um training e um blazer. Na volta passei no pet shop e na lan house, onde fui baixar uns e-mails.
Infelizmente não deu tempo de almoçar em casa, onde haveria um belo capeletti al pesto e tive que me contentar com um fast food; depois de hesitar entre o Mac Donald’s, Subway, King’s Burger e Milk Mellow, optei por este porque ficava mais próximo do Blue Tree Park Hotel, onde eu tinha que ir para um workshop sobre call centers. Durante o coffee break (onde tomei uma Pepsi Light e comi alguns brioches) tive uma conversa com o CEO da Citroën sobre o valor do spread cobrado pelo HSBC.
A happy hour foi no Pandoro, que contratou uma nova hostess, muito simpática. Nem fiquei para a jam session programada para as 19 horas; tomei só um whisky on the rocks, porque estava querendo ir logo para casa para jogar squash no Wii.
Saímos para jantar; sushi nem pensar, fui logo dizendo, porque não gosto de comida japonesa. Pensamos em ir ao Martin Fierro, comer empanadas e bife de chorizo, mas decidimos gastar um pouco mais e fomos ao La Cocagne, um bistrô que serve um magnífico coq au vin; na sobremesa profiterolles e tiramisu.
Terminamos a noite no D- Edge para assistir a um pocket show.
Ao chegar em casa, liguei a TV no ESPN para assistir o vídeo tape de um jogo do playoff da Champions League, que passou ao vivo só no canal pay per view.
Apesar de estar com sono ainda fui postar este blog.
Ainda bem que tenho saúde para suportar esse ritmo de vida sem ficar com stress. "Mens sana in corpore sano" é o meu lema.




PMDB e PT


O texto a seguir é o de uma carta que mandei para o “Fórum dos Leitores” do Estadão, mas que não publicaram.

Ninguém que acompanhou a trajetória do PMDB na luta contra a ditadura e na campanha das “Diretas Já” poderia imaginar que aquele outrora tão admirado partido seria dominado por um bando de politiqueiros interessados apenas em se locupletar às custas do Erário. E agora estamos assistindo a um filme semelhante, protagonizado pelo PT, que ao afrouxar seu conceito de ética, está jogando seu passado no lixo”.
PMDB olhe para o PT e diga: - Eu sou você amanhã
.

Quem convive comigo sabe que votei no Lula em 2002 e me arrependi. Votei em branco em 2006 e acho que não vou nem votar em 2010.


Personal Friend

Falar da criatividade do brasileiro é lugar comum e vou citar mais um exemplo; um amigo de muitos anos, que porém raramente encontro, disse-me que seu trabalho é ser “personal friend”. Eu nunca tinha ouvido falar dessa profissão e confesso que fiquei admirado com a idéia.
Esse amigo é extremamente simpático, inteligente, culto, extrovertido e muito bem relacionado e descobriu um modo de usar esses atributos ajudando pessoas e ganhando dinheiro. Como ele faz isso? Vou dar um exemplo.
Imagine que alguém que tenha uma casa na praia queira comprar um barco, mas não entende nada de barcos; a probabilidade de comprar algo inadequado é muito grande. É aí que entra o “personal friend”; ele vai indicar o barco que atenderá exatamente o que a pessoa precisa. O personal não entende de barcos, mas conhece alguém que entende e que lhe dará todas as informações com muito prazer e sem cobrar nada; o personal as repassa ao cliente e ganha uma grana.
Assim como barcos, existem muitos itens de difícil escolha para quem não é do ramo e que não quer se basear na informação dos vendedores. Quantos de nós não ficamos em dúvida na hora de decidir sobre que hotel escolher para as férias de verão, que quadro comprar para a parede da sala, que raça de cachorro é melhor para a minha família e por aí adiante? Normalmente procuramos informações com parentes e amigos, mas nem sempre achamos quem pode dar uma dica segura.
Conhecendo bem seu cliente, o personal friend sabe quanto pode cobrar, garantindo que ele não se sentirá explorado; muito pelo contrário, fica agradecido e se torna um informante em potencial, aumentando assim o número de fontes do personal.
Outras vantagens dessa profissão: não precisa ter escritório, nem empresa, não paga impostos, não tem chefe nem horário. A desvantagem é que depende de propaganda boca a boca.
O que me admira é que, até onde sei, ninguém tentou essa atividade antes, pois é um belíssimo nicho de mercado totalmente inexplorado. Antes da popularização da Internet as fontes de busca mais procuradas eram as páginas amarelas e hoje temos também os super eficientes sites de busca, mas ambos são impessoais e nada interativos; eles têm, com certeza, um banco de dados muito maior do que o do personal, mas não tem o filling nem o interesse pessoal de bem atender. Por último, mas não menos importante, o personal valoriza o relacionamento humano e o convívio com as pessoas é uma das coisas boas da vida.
Em tempo: se alguém precisar dos serviços de um personal friend, terei muita satisfação em apresentar o meu amigo e não cobrarei nada pela informação.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Para quem tem tempo sobrando

A lei é igual para todos

É o que diz a constituição, mas no Brasil estamos cansados de ver que isso é uma grande mentira. Vou dar só um exemplo, que me veio à mente com a prisão do médico Roger Abdelmassih (acho que é assim que se escreve o nome do animal): quem tem curso superior não vai para a cadeia comum, mas sim para celas especiais. Duvido que em qualquer país medianamente civilizado exista lei semelhante.
Na minha opinião, essa lei constitui uma dupla injustiça: a cadeia deveria ser igual para todos, mas se for para fazer uma distinção, quem tem curso superior merece ir para as celas mais sórdidas.
Quem teve oportunidade de cursar uma faculdade está perfeitamente ciente das consequências de seus atos. Assim, um assassino diplomado me parece mais criminoso do que um ignorante; mais ainda, a maior parte dos crimes cometidos por pessoas instruídas é de caráter financeiro e não tem a justificativa de que roubou para dar de comer à sua família.
Como os que ainda lêem as bestagens que escrevo já perceberam, estou com a mania de reformar as leis deste país, mas desta vez não vou sugerir nenhuma alteração no Código Penal; no entanto, não acharia injusto que um criminoso diplomado fosse condenado a trabalhos forçados, tipo trabalhar na construção de estradas na Amazônia.
Falando sério, fico revoltado com pessoas instruídas que se valem de sua condição para transgredir a lei.
E se conseguirem pegar o Edir Macedo e os donos da Renascer? Também eles, que lesaram milhares de pessoas pobres e ignorantes, também irão fazer companhia ao juiz Lalau em celas com ar condicionado, room service e TV de alta definição?

Considerações sobre a gravata

O homem se considera um animal racional e, no entanto, usa gravata! Não consigo entender o motivo dessa auto flagelação, não tanto pela gravata, mas pelo maldito botão do colarinho apertando a garganta do infeliz.
Se a gravata fosse usada solta ainda seria tolerável; seria um enfeite tão dispensável como outro qualquer e não incomodaria o usuário.
As pessoas das classes sociais e econômicas mais altas normalmente usam gravata diariamente, dando a impressão que isso é um símbolo de seu status superior. Porém, seus motoristas, seguranças e os porteiros de edifícios luxuosos onde moram ou trabalham também andam engravatados e a gravata nesse caso tem caráter de subordinação.
Talvez o fato de esses funcionários serem obrigados a usar gravata seja uma malvadeza inconsciente de seus patrões. “Se eu tenho que usar essa porcaria, que os meus empregados também usem, afinal eles não são melhores do que eu”.E para aumentar o tormento ainda vestem ternos escuros, que absorvem mais calor, transformando o traje numa sauna.
A gravata é de uso quase universal, como se pode observar em reuniões da ONU, por exemplo; apenas alguns estadistas do oriente médio e o Evo Morales usam trajes típicos dos seus paises, numa demonstração inequívoca de que a estupidez humana ainda não achou seu limite.

Mais uma vez futebol

Sabe aquele jogador comum, às vezes até medíocre, que de vez em quando marca um golaço ou faz uma jogada brilhante, a imprensa diz que é craque e o povão acredita? Pois é, achei um nome para rotular esse tipo de jogador: peixe voador. O peixe voador passa 90% do tempo dentro do mar e, como nada pior que os outros, para fugir de predadores salta fora d’água e por alguns segundos se diferencia dos demais; em seguida volta para o mar, para sua vidinha medíocre. Não é uma boa comparação?
Alguns exemplos de peixes voadores atuais: Souza (ambos), Rycharlisson, Kleber Pereira, Obina, Washington, Dentinho.
Esses são peixes voadores sortudos, como alguns outros que foram até convocados para a seleção brasileira e tiveram carreira longa. Mas existiram muitos outros, prematuramente chamados de gênios e que na hora do pega prá capar desaparecem. No São Paulo houve um Marco Antonio, que foi considerado um novo Raí, mas não durou nem um ano; foi emprestado para um time do nordeste e sumiu. E o Lulinha do Corinthians, que era a esperança do clube para melhorar suas finanças, pois com sua alta categoria seria logo vendido por uma fortuna para algum time da Europa? Alguém sabe por onde anda o rapaz?
Acho uma crueldade o que a mídia faz com esses coitados, que acreditaram que são craques, já se imaginam ricos e famosos e de repente se deparam com a dura realidade. Será que o jornalista não pensa nisso quando fabrica um ídolo de pés de barro?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O tamanho, as almas gêmeas e o primeiro jato

Tamanho é importante

Uma leitora (sim, eu as tenho!) comentou que os textos do meu blog são muito longos e por isso podem desestimular sua leitura.
Em se tratando de tamanho, acho que a opinião das mulheres deve ser levada em conta e assim procurarei escrever também textos menores para satisfazer os mais impacientes ou os mais ocupados.
E sin perder la ternura.

Almas gêmeas


As pessoas que convivem comigo já me ouviram comparar Rubens Barrichelo e Muricy Camargo; eu costumo dizer que Muricy é o Barrichelo do futebol e Barrichelo é o Muricy da Fórmula 1.
Reparem que ambos raramente sorriem, tem feições soturnas e caras de derrotados. Além disso, nunca assumem responsabilidade pelos seus fracassos; pelo contrário, sempre procuram culpados. Os dois também se julgam muito melhores do que realmente são; o Muricy pelo menos é sortudo, recebeu uma bela equipe do São Paulo e foi tri-campeão brasileiro, enquanto que o seu colega de casmurrice é um enorme pé frio.
Se depender de seus méritos, Barrichelo vai disputar o campeonato piauiense de kart e Muricy vai ser técnico do Ibiapinense, da terceira divisão do Acre.

Nunca despreze o primeiro jato.

Recentemente fui a um laboratório de análises clínicas para fazer um exame de urina e a atendente, ao me entregar o frasco para guardar a amostra a ser analisada, recomendou desprezar o primeiro jato.
Achei essa recomendação muito antipática e preconceituosa e, claro, não obedeci.
Meus pais me ensinaram a tratar bem a todos, independentemente da sua condição social, econômica, cultural, religiosa e racial e não seria depois de velho que eu haveria de desprezar um jato só por ser o primeiro.
Fora isso, existe ainda um aspecto emocional envolvido na questão: o primeiro jato é justamente aquele que nos alivia quando estamos apertados, é o que nos dá aquela sensação leveza e felicidade quando começamos a operação de esvaziamento da bexiga e seria enorme ingratidão e pensar em desprezá-lo.
Em conversas com outras pessoas, fiquei sabendo que essa antipatia pelo primeiro jato existe em vários laboratórios, não só no Biesp, onde fiz meu exame. Pelo visto, deve ser uma orientação da associação da classe, com propósitos certamente inconfessáveis.
Estou começando aqui uma campanha a favor do primeiro jato; no seu próximo exame pretigie-o, enalteça-o e deixe bem clara sua posição caso alguém do laboratório ousar fazer qualquer observação menos educada ou preconceituosa.
Vamos à luta.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fatos lamentáveis e outos nem tanto

Fatos lamentáveis

Dentre os fatos lamentáveis ocorridos nos últimos dias, vou me referir a quatro: a roubalheira da família Sarney, a morte do Michael Jackson, a deposição do presidente de Honduras e a vitória do Corinthians na Taça do Brasil. Destes, apenas um não tem solução, é irreversível: a morte de Michael Jackson; os demais logo cairão no esquecimento e daqui a algum tempo ninguém se lembrará deles.
Vejam se concordam comigo. O Sarney está cada dia mais desmoralizado e seu poder vai aos poucos se extinguindo e quando ele não valer nada, será descartado da política. Isso se antes ele não ficar gagá.
O presidente de Honduras deve ser um grande filho da puta, pois está sendo apoiado pelo Obama e pelo Hugo Chavez; se esses dois, que divergem sobre qualquer assunto, apóiam o sujeito, está na cara que ele não presta.
Quanto ao Corinthians, apesar de ter chegado à final do torneio sem enfrentar nenhum adversário decente, ganhou bem do Internacional de Porto Alegre. Espero que essa vitória lhes faça crer que são os bons e que na primeira derrota percebam que não são tudo isso e caiam na real.
Tenho até vergonha de dizer, mas só passei a conhecer a música de Michael Jackson depois de sua morte. Nunca me interessei por sua obra, achava (e ainda acho) sua figura deprimente, um ex-negro simpático que se metamorfoseou num ser estranho, quase que uma caricatura. Assim, não entendi porque tanta agitação pela sua morte, até que passei a ouvir algumas de suas composições, que eu gostava, mas não sabia que eram dele.
Apesar disso tudo, achei de muito mau gosto o show armado em seu velório.
Descanse em paz.

Salve o tricolor paulista.

Alguns amigos estão tentando tirar sarro de mim pelo fato de o Glorioso e Insuperável São Paulo Futebol Clube não estar (ainda) nas primeiras colocações no campeonato brasileiro.
Estão perdendo seu tempo; os torcedores do São Paulo são os que aceitam com a maior tranqüilidade as raríssimas fases ruins por que passa o time.
Somos os maiores vencedores do Brasil, o único tri mundial de verdade, o único a ganhar 6 (seis) campeonatos brasileiros, sendo 3 (três) em seguida, temos o melhor estádio, os melhores centros de treinamento, o melhor centro de fisioterapia e recuperação de atletas. Exatamente por esses motivos, os torcedores dos demais times exultam quando o São Paulo não está ganhando, pois somos SEMPRE o adversário a ser batido.
É evidente que não se pode ganhar sempre, daí a graça do esporte, mas o meu time me faz lembrar de um personagem do livro “Os pastores da noite” de Jorge Amado, que dizia:
- Não se pode comer todas as mulheres do mundo, mas deve se fazer um esforço para isso.
É assim o tricolor, não podemos ganhar sempre, mas senão bobearem, crau em vocês.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Minha proposta de reforma ortográfica

A função da escrita é transmitir e registrar informações, conhecimentos e idéias e, portanto deve ser objetiva e não deixar margem a dúvidas; para isso, em todas as línguas existem regras para a escrita, mas em algumas línguas essas regras às vezes não ajudam, ao contrário complicam a vida de quem escreve.
Um exemplo disso é a recente reforma ortográfica, que trouxe, na minha opinião, mais confusão na nossa língua. Vejam o caso do hífen; decidiu-se eliminar o hífen em palavras compostas, porém existem algumas exceções que complicaram tudo. Pergunto: porque não eliminam de uma vez, já que o hífen (diferentemente do hímen) não faz falta nenhuma.
Melhor ainda: deixar cada um escrever como quiser, desde que fique claro o que se quer dizer. Tanto faz eu escrever “guarda-chuva” ou “guarda chuva”, ninguém tem dúvida sobre o que estou escrevendo.
Na minha incansável cruzada em prol do bem estar dos meus compatriotas, apresento aqui uma sugestão de reforma ortográfica que facilitará imensamente a vida das futuras gerações e diminuirá a importância dos professores de português.
Eis a minha reforma:

1) Uma letra terá sempre o mesmo som; assim, o S será sempre sibilante, como em “sábado”, mesmo entre vogais, desaparecendo assim o dígrafo “SS”. Por outro lado, o “C” teria sempre o som gutural, como em “cobra”. Desse modo, “você” se escreveria “vosê”; no começo parece estranho, mas as novas gerações vão aceitar numa boa. O som do “Z” será sempre representado pela letra “Z”, óbvio, até nos casos em que hoje se usa “S”; exemplo: não mais “casa” e sim “caza”.
2) A letra “X”, que hoje representa vários sons, representará apenas o da palavra “xale” e será usada no lugar do dígrafo “ch”. O pobre X hoje tem, além desse, vários outros sons: o de Z, como em “existir”, o de S como explicar “, o de CS, como em” fixar “. Deixemos de sobrecarregar o X e escrevamos as palavras acima deste modo: ezistir, esplicar e ficsar.
3) O hífen e os acentos serão opcionais, ficando a critério de quem escreve. Se o escrevedor achar que o acento é importante, ele usa; caso contrário, deixa sem acento e aguenta as conseqüências.
4) Acabar com o H mudo no começo da palavra; abaixo o "hidrogênio", viva o "idrogênio". Esta não é uma grande novidade, já que o H inicial não existe no italiano.

Claro que esta é mais uma idéia maluca, mas alguém precisa tomar a iniciativa de simplificar a escrita e favorecer os futuros estudantes.
Escrever é mais ou menos como comer. A pessoa se alimenta tanto comendo um prato de feijão com arroz, bife e batatas como gastando uma nota preta num restaurante caríssimo, só que neste último caso o objetivo não é só se alimentar, mas também extrair da refeição o máximo prazer possível. O mesmo se dá na escrita: pode-se transmitir o que se quiser tanto escrevendo um texto simples, como usando frases elegantes e bem construídas, cuja leitura causa prazer aos que sabem apreciar, mas com ambas as formas se consegue dar o recado.

INAUGURADA A SESSÃO "COLABORADORES"

É com muita honra e satisfação que publico hoje dois textos enviados por amigos colaboradores. "Pérolas da Burocracia", foi enviado pelo Gian Battista Maschereti e "Como vencer a pobreza e a desigualdade" recebi do Luciano Talocchi (Mascheretti e Talocchi,tutti bonna gente). Agradeço as colaborações e receberei com muito agrado outras que meus fiéis leitores quiserem mandar.

PÉROLAS DA BUROCRACIA

Você pensava que seu dinheiro dos impostos está sendo mal empregado??? Ledo engano, nosso Governo e nossos legisladores estão mais do que atentos e eficientes, pelo menos no que diz respeito a vespas e marimbondos.
Na quarta feira 1 de Abril de 2009 o jornal O ESTADO DE SÃÕ PAULO publicou, na seção agricola, a carta de um leitor e a resposta dada pelo jornal. Em vista da data, pensei que se tratasse de uma mentira jocosa, mas é coisa séria, acreditem!

"Como me livrar de marimbondos e vespas que tomaram conta da minha casa num sítio em Jacareí (SP)? Já tentamos afastá-los, mas eles voltam cada vez mais poderosos, a ponto de nos impedir entrar em casa. Eles se instalam nas telhas, nos lugares onde não há forro. ....." (Paulina Faiguenboim - São Paulo - SP )


O pesquisador do Instituto Biológico (IB - Apta) João Justi Junior explica que estes insetos polinizam plantas e auxiliam no controle de pragas .... "Estes insetos são parte da fauna brasileira (sic), protegidos por lei. Não podemos recomendar nenhuma forma de controle nem remanejamento. A Lei nº 9.605/98 permite apenas que se faça a remoção ou controle de colonias de vespas e marimbondos desde que seja devidamente caracterizado o risco que estas espécies trazem ao homem, e desde que expressamente autorizado pela autoridade competente" (grifos nossos)
Deve-se fazer o registro fotográfico da situação de risco, como prova para eventuais explicações para a realização do controle ou do remanejamento de ninhos.

Segundo o proprietário da empresa SOS Abelhas, especializada na captura de enxames, Antonio Padovani Junior, o "Toninho das Abelhas", uma das soluções é recolher os ninhos e soltá-los em local distante . Como é proibido por lei matar os marimbondos, Toninho aconselha ensacar, com luvas, os ninhos em sacos plásticos grandes. Depois, retirar os ninhos, fechando o saco plástico e em seguida soltando-os na mata, a pelo menos 300 metros de distancia da casa. Toninho diz que a captura deve ser feita à noite.

COMO VENCER A POBREZA A DESIGUALDADE

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases.
REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ


'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra?
De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por essa redação.
A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

PROVÉBIOS DESATUALIZADOS

“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”

Este é mais um provérbio que está totalmente fora de moda e deve ser retirado urgentemente da relação de provérbios utilizáveis. Com efeito, se alguém for pego com um pássaro na mão será enquadrado como criminoso ambiental, será preso em flagrante, sem direito a pagar fiança para responder ao processo em liberdade, terá sua foto publicada nos jornais e provavelmente será duramente criticado pela Fátima Bernardes no “Jornal Nacional”.
Portanto, jamais digam esse provérbio aos filhos ou netos, para não serem acusados de cúmplices ou mandantes do crime.

domingo, 31 de maio de 2009

Mais umas bobagens

Politicamente correto = hipocrisia.
Sistema de cotas = burrice


Minha mãe não pronunciava a palavra “câncer”; dizia “aquela doença” ou “doença ruim”. Dava a impressão que a pessoa que sofria de câncer tinha cometido algum crime hediondo ou era mau caráter, enfim, tinha culpa no cartório.
O tal do “politicamente correto” (mais uma bobagem inventada no exterior e macaqueada aqui) é a mesma coisa: não se pode dizer o nome certo de uma doença ou defeito físico, como se fosse vergonhoso ser portador desse problema.
Lembram-se daquela história infantil sobre o rei que saiu nu na rua? Todos viam, mas ninguém falava nada, até que uma criança disse: “O rei está nu!” e só então todos perceberam como estavam sendo tolos.
Não é nenhum desrespeito dizer que alguém é cego ou surdo ou paralítico; desrespeito é não propiciar a essas pessoas meios de amenizar seu sofrimento.
O mesmo se aplica aos negros, que são chamados de afro descendentes (não sei se tem hífen); nesse caso o preconceito é explícito, já que nisseis não são chamados de nipo descendentes, os de família alemã de teuto descendentes e assim por diante.
Essa idiotice me levou a lembrar de outra, essa mais grave: o sistema de reserva de vagas em universidades para negros, índios e alunos de escolas públicas. Quanto a esse último quesito, se fosse em Portugal estaríamos todos morrendo de rir.
- Não é que os lusos, ao invés de melhorar o ensino público, dão aos alunos das escolas públicas uma cota de vagas em universidades, ó pá.
A escola pública pode continuar uma merda, mas o aluno tem mais chance de cursar uma faculdade.
Já a reserva de vagas por questões raciais pode fazer o tiro sair pela culatra; tenho certeza que no futuro muita gente deixará de contratar profissionais negros ou índios imaginando que eles só conseguiram entrar na faculdade devido às cotas e, portanto, seriam menos competentes que seus colegas de outras raças.
Se o negócio é selecionar pela raça, então sugiro que se limite o número de japoneses que podem ser admitidos nas faculdades, pois os amarelinhos cus de ferro são os reis dos vestibulares.
Outra injustiça: hoje em dia há muitos negros ricos, que podem frequentar boas escolas e cursinhos e não é justo que eles tenham direito às cotas. Os filhos do Pelé e os netos do Dr. Joaquim Barbosa não devem ter mais direitos do que os meus filhos e netos.
Enfim, mais uma invenção dos nossos brilhantes legisladores que vamos ter que engolir.

Implicâncias

Duvido que você não implique ou se antipatize com alguma coisa, pessoa, animal ou situação. Eu sou um implicante contumaz, que escolho minhas implicâncias cuidadosamente; eu tenho implicâncias permanentes e implicâncias temporárias, que vou mudando para não ficar monótono.
As permanentes são sobejamente conhecidas pela minha família, de tal forma que no Natal do ano passado, numa brincadeira de “inimigo oculto” que fizemos, meu neto Paulo Roberto montou um quadro com ilustrações das minhas implicâncias: foto de um shopping center, o logotipo do Bradesco, uma moto, um sanduíche do Mc Donalds, um conjunto de cebolas e alhos (todas da categoria “permanente”) e uma foto do Muricy (maldito seja!), categoria “temporária”, que será retirado da lista quando ele for demitido.
Algumas temporárias atuais: comentaristas ou apresentadores de TV que se acham os donos da verdade e são extremamente arrogantes. Exemplos típicos: Boris Casoy, Jabor, Roberto Justus, Drauzio Varela. Outra: pessoas que começam frases dizendo: veja bem. Karola tem um inquilino nessa categoria, que responde qualquer pergunta dizendo antes:
- Veja bem...
Semana passada quando estávamos falando no telefone e ele soltou o tal de “veja bem”, eu disse para ele esperar que eu ia buscar meus óculos.
Implico também com cartazes em vitrines de lojas com dizeres em inglês: 30% off, delivery, sale, outlet, put a keep are you.
Cachorros poodle e qualquer cachorro com roupa também estão na minha lista.
Vou continuar implicando; é muito bom e não prejudica ninguém.
E estou aceitando sugestões para itens implicáveis; cartas para a redação.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desculpem a demora

Prezados

Por motivo de férias fiquei algum tempo sem publicar este impoluto blog; espero que não tenham ficados muito ansiosos e prometo não tirar férias nas próximas duas semanas.

Se querem copiar, copiem direito.

Não tinha a intenção de falar de política nesta postagem, mas se estão lembrados, no meu blog anterior dei uma sugestão de reforma política que preconizava a votação em partidos e não em pessoas.
Na semana retrasada foi proposta na Câmara Federal uma idéia semelhante, mas com uma grande diferença: o partido escolhe os nomes dos congressistas e estes permanecerão no Congresso até o fim dos seus mandatos. A minha proposta, recordam-se, era muito mais inteligente (modéstia às favas): os deputados e senadores poderiam (e deveriam) mudar, de acordo com o tema a ser debatido ou por outro motivo qualquer.
Mas a simples discussão do assunto já é um progresso e se os nobres representantes do povo tiverem juízo, chegarão à minha sugestão.



FUTEBOL

Com a devida licença dos que não apreciam o esporte bretão, vou tratar aqui de um tema do qual gosto muito, o jogo de bola. Mas não discutirei aspectos técnicos do jogo; todos acham que entendem de futebol e não adianta discutir porque não se chega a nenhum acordo.
Agora vou trazer mais uma proposta revolucionária, porém realista, sobre as competições internacionais entre seleções, como Copa do Mundo, Copa América, Copa da Europa e similares.
A minha idéia: os torneios devem ser entre confederações e não entre paises. Assim, por exemplo, jogariam pela Confederação Italiana os jogadores que na época da convocação estiverem inscritos em clubes italianos, independentemente da sua nacionalidade.
Está na cara que essa modalidade de competição retrata com fidelidade o futebol praticado em cada país; ao mesmo tempo, se desvincula o esporte do patriotismo e do nacionalismo. A famosa frase de Nelson Rodrigues: “A seleção é a Pátria de chuteiras” já não tem mais razão de ser, pois os jogadores brasileiros que jogam no exterior estão pouco se cagando pela seleção; já ganharam fama e fortuna e não estão dispostos a arriscar as ricas canelinhas pela pátria amada, salve, salve. E essa babaquice de tocar os hinos nacionais antes da partida já não precisará mais acontecer.
Além disso, como o mundo está passando por uma crise econômica, essa minha sugestão é ainda mais oportuna, já que não se gastará mais grana com passagens dos jogadores de ida e volta aos seus paises para treinamento; mais ainda, os jogadores não ficarão afastados de suas famílias e não irão mais a baladas, onde ficam expostos a vários riscos, desde doenças sexualmente transmitiveis até a programas com travecos.

No caso do Brasil fica muito mais fácil a convocação dos jogadores, pois o técnico terá muitas oportunidades de vê-los jogar.
Mas, poderão vocês dizer, desse modo o Brasil nunca mais vai ganhar a Copa do Mundo.
E daí?, respondo eu. Há muito tempo deixei de torcer pele seleção, exatamente quando a CBF escolheu um tal de Lazzaroni para ser o técnico; nesse dia eu percebi que a coisa não era séria e não valia a pena sofrer e torcer. E hoje em dia está ainda pior, porque os aspectos comerciais influem muito mais que os esportivos, tanto no que se refere à marcação de jogos amistosos quanto à convocação de jogadores. Os interesses dos patrocinadores, dos empresários (na verdade donos) de jogadores e das emissoras de TV (leia-se Globo) prevalecem sobre quaisquer outros.
Não posso encerrar sem uma única observação sobre o jogo em si. Numa das partidas da seleção o Robinho deu uma série de dribles num gringo de cintura dura e o Galvão Bueno quase teve um orgasmo. Nos anos 50, o Canhoteiro (ponta esquerda do São Paulo F.C.) dava vários dribles semelhantes ao do Robinho em todos os jogos. Infelzmente, também não se joga mais no Brasil como antigamente.


Pesquisa sobre trânsito

Por sugestão do meu amigo Gian “PDG” Mascheretti, gostaria de saber a opinião dos que moram em São Paulo sobre o seguinte:

Vocês acham que as faixas exclusivas de ônibus implantadas em várias avenidas (e que estão quase sempre vazias) deveriam ser usadas obrigatoriamente também pelos motoqueiros?
Por favor, respondam para o meu e-mail: kir.robertoa@gmail.com.

Desde já, muit’obrigado.

Para terminar aqui vai um conselho grátis:


Não puxe a brasa para a sua sardinha; é muito mais seguro e eficiente empurrar sua sardinha para perto da brasa.
E como todos estão plantando trigo, eu vou mais é plantar joio.

Até o próximo











domingo, 26 de abril de 2009

Ói nóis aqui otra veis


Proposta de reforma política

A roubalheira desenfreada que só agora está sendo divulgada com mais ênfase pela mídia, é há muito tempo a marca registrada de um grande número de políticos e autoridades brasileiras, nos três poderes e nas várias instâncias do poder (desde o fiscalzinho da feira-livre até o presidente do STF).
No poder legislativo, a sem-vergonhice dos nossos representantes é de tal monta que o senador Cristóvão Buarque acenou com a possibilidade de um plebiscito para o povo decidir se o congresso deve ser fechado. Evidentemente, quem já viveu sob uma ditadura sabe que essa não é a solução, mas da maneira como as coisas estão se encaminhando, não sei não... Os milicos andam muito quietos e isso não é um bom sinal.
Antes que o pior aconteça, é preciso que se faça uma reforma política e é aí que eu vou meter a minha colher; apresento a seguir uma proposta (quase séria) de reforma no poder legislativo federal.

Primeira providência: acabar com o senado. Essa merda é um cabide de empregos, os senadores estão lá só para atrapalhar e atrasar o processo legislativo. Basta uma câmara e o que ela decidir, está decidido e ponto final. Aliás, o senado é também chamado de “câmara alta”; então, a outra, a câmara dos deputados é, lógico, a “câmara baixa” e põe baixa nisso.

Segunda providência: diminuir pela metade o número de deputados. Qualquer pessoa que participou de uma reunião de trabalho sabe que reunião com mais de 3 pessoas não chega a lugar nenhum, quanto mais com centenas de deputados.

Terceira e mais importante: não se votará mais em deputados pessoas físicas, mas sim em partidos políticos. Antes das eleições cada partido publica seu programa, registra no Tribunal Superior Eleitoral os princípios que defenderá, as propostas que pretende apresentar, enfim deixa claro sua plataforma, de maneira que no futuro seus eleitores poderão acompanhar seu desempenho e cobrar o cumprimento de promessas.
Cada partido terá um número de vagas proporcional à sua votação e as vagas serão preenchidas por pessoas indicadas pelo partido. Essas pessoas poderão mudar, de acordo com o tema a ser discutido em cada reunião. Assim, por exemplo, se o assunto for saúde, o partido, designará um especialista na área para defender seu ponto de vista; caso não tenha em seus quadros pessoa com a devida qualificação, poderá contratar alguém capacitado.
Com isso, não será mais necessário que as excelências disponham de apartamentos para sua moradia e das famílias; como a permanência por Brasília será de curto prazo, o partido terá direito a apartamentos em flats, com serviços de arrumadeira e café da manhã e nada mais. Claro que cada parlamentar poderá usar um carro e motorista da Câmara para levá-lo ao trabalho e de volta para o flat; para outros deslocamentos, cada um que pague sua condução, como o comum dos mortais.
As passagens aéreas de ida e volta do deputado da vez, da sua cidade de origem até Brasília, serão reembolsadas pela Câmara mediante a apresentação dos comprovantes. Nada de franquia de correspondência, número imenso de assessores e o cacete a quatro. Cada partido receberia da Câmara uma quantia calculada para esses tipos de despesas, da qual não precisaria nem prestar contas.
A maior vantagem desse sistema não está porem na economia ao erário, mas na limpeza que seria processada na Câmara dos Deputados. Nunca mais correríamos o risco de sermos representados por figuras que tem muita popularidade, mas não possuem a mínima condição de decidir nem qual a marca do café que deve ser servido aos deputados. Não se trata de preconceito contra cantores, artistas de TV, jogadores de futebol e similares, que tem grande apelo popular; eles poderão ser indicados pelos partidos, desde que tenham competência para discutir as matérias que serão debatidas. Mas com certeza estaremos livres de figuras como coronéis nordestinos, malandros que só querem se eleger para gozar de foro privilegiado para o julgamento dos crimes comuns que cometem, parentes de líderes locais e outros do mesmo naipe.
Infelizmente, como ninguém me leva a sério, essa reforma jamais será implementada e só nos restará ficar esperneando.
Quando eu tinha uns 18 anos achava que no futuro, quando a minha geração estivesse no comando o Brasil, as coisas seriam diferentes, pois éramos idealistas e patriotas; hoje vejo com tristeza que está muito pior e, mais triste ainda, que não há nenhum sinal de mudança.
Um amigo meu disse uma vez: “Nesta época de corruptos insaciáveis, facções criminosas e aids, sinto saudades do Adhemar de Barros, do Meneghetti e da gonorréia” (Isso só os mais velhos entenderão).

O “cara” da vez

O “cara” da vez é sem dúvida o Ministro Joaquim Barbosa do STF, que teve a oportunidade, e não a perdeu, de dizer na fuça do presidente daquele órgão, o Ministro Gilmar “Hábeas Express” Mendes, o que muitas pessoas gostariam de dizer. É explicável a bronca do Dr. Joaquim; ele foi procurador e sabe como é difícil para a polícia e para o Ministério Público conseguir provas contra larápios de colarinho branco, que tem advogados e consultores em profusão e usam de todos os artifícios para ocultar suas safadezas. E quando a polícia consegue reunir essas provas e manda prender o fdp, vai lá o Gilmar e manda soltar.
Como não existem mais líderes decentes no Brasil, já se até falou na candidatura dele à presidência da República. O fato é que a parcela pensante e bem informada da população está desesperada; nenhum dos pré-candidatos (Dilma, Serra, Aécio) aparenta ter condições de governar o país e nisso é que mora o perigo; de repente aparece alguém com algum carisma (tipo Enéas, ou Sílvio Santos) e acaba sendo eleito. Aí, como dizia minha avó, fudeu de vez.



domingo, 19 de abril de 2009

A volta da chibata

A volta da chibata

A TV mostrou diversas vezes nesta semana as cenas de seguranças da estrada de ferro na estação de Madureira distribuindo porradas em passageiros; pensando um pouco mais no assunto e me colocando na posição dos seguranças, eu acho que faria o mesmo, desceria o cacete neles.
Ou vocês acham que os passageiros obedeceriam aos pedidos dos seguranças:
- Cavalheiro, poderia o senhor por gentileza desobstruir a porta para que outros passageiros possam embarcar? Ou:
- Senhores, por favor, desçam do teto do trem, pois aí correm perigo!
Os seguranças são pagos para organizar o embarque e desembarque, impedir atos de vandalismo e zelar para que os passageiros não cometam excessos; conhecendo como o povão reage, ainda mais no Rio de Janeiro, não vejo outra solução, a não ser dar chibatadas.
Ainda nessa linha, eu sou francamente favorável á volta dos castigos físicos aplicados em criminosos das mais variadas categorias; uma boa surra mete muito mais medo do que uns dias em cana.
Eu começaria com os criminosos de colarinho branco; no ato da prisão, deveriam esses safados levarem um número de chicotadas proporcional ao dinheiro que roubaram dos cofres públicos. Já imaginaram o Maluf, Pitta, Daniel Dantas, Edmar Cid Ferreira, Eliana Tranchesi e outros sendo chibatados, com transmissão ao vivo pela TV e com repeteco dos melhores momentos? E tem que ser logo, antes do ministro Gilmar “Habea Express” Mendes emitir a ordem de soltura.
Se, por acaso, algum desses fosse mais tarde considerado inocente, ele teria direito de mover uma ação de indenização por danos morais contra o Estado, ação essa que deveria ser impetrada numa instância bem primária e percorrer todo o tortuoso caminho do judiciário. Depois de 50 anos, finalmente a ação seria julgada pelo Supremo Tribunal Federal e se o impetrante saísse vitorioso, a quantia a que ele faz jus será juntada aos demais precatórios e talvez lá pelo ano 2209 seus descendentes veriam a cor da grana.
E o que dizer de outros crimes hediondos; pedófilos e estupradores deveriam ser castrados por meios mecânicos e sem anestesia. Seqüestradores poderiam ser surrados pelos seqüestrados e seus parentes e amigos. Traficantes poderiam ser condenados a trabalhos forçados, como trabalhar na construção de estradas, casas populares, portos etc. E por aí a fora; estou convicto que a criminalidade iria diminuir consideravelmente.
Então, vamos lutar para alterar a Constituição e o Código Penal?



FRASES

Todos nós recebemos e-mails com citações de frases ditas por sábios, cientistas e doutores. Eu gosto de citar frases ditas por pessoas mais simples, como poetas populares, que também são recheadas de poesia e sabedoria. Alguns exemplos:

“Mais que nunca é preciso cantar para alegrar a cidade” de Chico Buarque de Holanda.

“Não posso definir aquele azul, não era do céu, não era do mar; foi um rio que passou na minha vida” de Paulinho da Viola.

“Tu pisavas nos astros distraída”, de Orestes Barbosa; li e algum lugar que Manuel Bandeira considerou esse o verso mais bonito da língua portuguesa.

“ A formiga só trabalha porque não sabe cantar”, de Raul Seixas.
E vou ficando por aqui;até a próxima, se houver.

domingo, 12 de abril de 2009

Este é o primeiro

Como eu tenho contribuído para diminuir a poluição e não aumentar o aquecimento global

Desde quando comecei a dirigir automóvel nunca fiquei parado em sinais vermelhos inúteis e só agora me dei conta de que contribui para a redução da poluição e do aquecimento do planeta.
Vocês não concordam que ficar parado num cruzamento só porque o sinal está vermelho é uma grande bobagem? Se não há carros próximos ao cruzamento, nem pedestres atravessando a rua e, claro, nem guardas ou radar fotográfico, ficar parado significa maior consumo de combustível, mais poluição etc, etc, etc...
Em São Paulo o número de esquinas com sinais de trânsito (implico com o termo “semáforo” e mais ainda com “farol”) é estupidamente grande, pelo menos nos locais por onde eu circulo. (Se este não fosse um país em que os homens públicos se caracterizam pela honestidade e retidão de caráter, eu poderia até pensar que a instalação desses equipamentos fosse estimulada pelos seus fabricantes mediante o pagamento de um pequeno suborno). Portanto, se todos se comportarem como eu, não haverá nenhum acidente a mais e toneladas de agentes poluentes deixarão de ser lançadas na atmosfera. Além disso, economizarão combustível, bateria, óleo e a essa economia, computada ao longo de sua vida, será bem significativa. No meu caso, que dirijo há 50 anos, a economia daria para comprar um senador.
Assim, conclamo aos que tiveram paciência de ler este textículo até o fim, que deixem de ser guiados por uma luz colorida e pensem no bem estar do planeta terra.

Amigos (as), caso não concordem comigo (será que algum doido concordará?) não se sintam culpados; dizem que os peidos de bois e carneiros são grandes culpados pela poluição ambiental e não é por causa disso que os rebanhos serão dizimados.


Briga de casal

Semana passada fui com Karola a uma dessas lojas chiques que vendem presentes de casamento. Enquanto ela escolhia o que comprar, eu fiquei andando pela loja, que é bem grande. Entrei numa sala e lá estava um casal diante de um mostruário e discutindo em termos pouco gentis; eles não perceberam a minha chegada e continuaram o quebra-pau. Numa dessas, quando a mulher escolheu um vaso, que devia ser caríssimo o marido disse que ela estava cometendo uma burrice. A madame, puta da vida, respondeu:
- Então você acha que eu sou burra! E você, por acaso, se considera muito inteligente?
Resposta dele:
- Meu bem, eu posso não ser um Einstein, mas também não sou nenhum Muricy.
Saí de perto para poder rir a vontade.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ói eu aqui

Olá amigas, amigos, parentes, conhecidos e desafetos.
Aprendi como montar um blog e pretendo, quando tiver tempo, engenho e arte, escrever algumas idéias doidas que passam pela minha cuca e comentar fatos do cotidiano, da política, dos esportes e de qualquer outra coisa que eu, com redator-chefe deste bolg, decida publicar.
Aceitarei também publicações de terceiros, desde que passem pela minha severa censura.
Preparem-se para as robertices.