quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Resultado da pesquisa e outros bichos

Resultado da Pesquisa

No blog anterior pedi que vocês respondessem a uma pesquisa sobre a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil em 2016 e recebi grande número de respostas.
Não fiquei surpreso com o resultado; quase todos acham que vai haver uma roubalheira generalizada e que o dinheiro a ser gasto deveria ser aplicado em coisas muito mais necessárias, como saúde, educação e segurança.
Uma das respostas dá uma idéia da opinião média dos que responderam a pesquisa; eis um trecho dela:
“Os jogos olímpicos no Brasil serão bons para quase todos os níveis da sociedade. Os hotéis, taxistas, linhas aéreas, políticos, traficantes, trombadinhas irão lucrar. Quase todo mundo vai ser dar bem, só o povão que trabalha vai se f...”.


Haja saco


Eu estou sentindo na pele o que se convencionou chamar de “Custo Brasil” para designar os entraves burocráticos, impostos, taxas e demais aporrinhações que atingem quem se propõe a realizar qualquer coisa neste País.
Estou tentando fazer uma coisa muito simples: registrar em nome de Karola um terreno (situado em Botucatu) que ela herdou. O terreno pertencia ao pai dela, com a morte deste passou para a mãe e finalmente ficou para Karola; tudo isso está devidamente registrado e sacramentado nos processos de inventário dos pais e consta claramente dos Formais de Partilha, portanto tudo dentro da mais perfeita legalidade e clareza. Assim, o registro desse terreno deveria ser extremamente simples, bastaria levar ao Cartório de Registro de Imóveis de Botucatu os Formais de Partilha, provar que o IPTU do imóvel está devidamente pago, pagar as taxas do Cartório e fim.
Ledo engano; o gênio que dirige o Cartório pediu cópias autenticadas do RG e CIC dos falecidos! Pô, para que serve isso? Os números do CIC e RG constam obrigatoriamente dos processos de inventário e a apresentação das cópias desses documentos não prova que Karola é a herdeira; alem disso pediram também cópia da Certidão de Casamento dos falecidos, apesar de constar nos processos de inventário que eles foram casados no regime de comunhão de bens.
Não vou nem contar a epopéia que foi a obtenção de um documento que equivale ao RG referente a uma pessoa falecida em 1982.
Já estamos há mais de 3 meses nessa briga e espero que termine antes das Olimpíadas do Rio.
No Brasil a norma é complicar e os Cartórios são mestres nessa arte.



Valeu Rubinho

Nunca escondi a antipatia que nutro pelo Barrichello, nosso cavaleiro da triste figura; ele bem merece um Cervantes para narrar sua biografia. Também não misturo patriotismo com esporte profissional (será que ainda existe algum esporte amador?) O esportista profissional está sendo pago para exibir seu talento, da mesma forma que um músico ou equilibrista e não me sinto na obrigação de torcer por ele só por ser meu compatriota. Eu torço por aqueles com os quais eu simpatizo, seja qual for sua nacionalidade; claro que se for brasileiro é mais confortável, me junto à multidão insuflada pelos Galvões Buenos da vida.
Todo esse intróito foi para dizer que gostei da vitória do Button no GP do Brasil de F-1. Gostei também da vitória do Lewis Hamilton ano passado, pelo fato de um negro conseguir pela primeira vez se impor num esporte dominado por brancos.
Para terminar, se eu fosse presidente do Corinthians faria um apelo ao Rubinho: nunca mais apareça em público com a camisa do clube; é um grande desprestígio, para ambos.



Utilidade Pública

Estamos na primavera e este blog informa em primeira mão: vai-se a gripe suína e vem a dengue.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eu até esquecci

Meus amigos (as), acreditem, esqueci que tinha este blog. Depois de receber centenas de e-mails de leitores indignados, estou mandando mais uma postagem.
Desta vez vocês vão levar de brinde uma receita, a do Pudim de Pão da Preguiça, tão fácil que até eu consegui fazer. Para quem gosta de doces caseiros vale a pena experimentar.
Estou também fazendo uma pesquisa de opinião e reclamando, rabugento que sou, de um modismo de linguagem que me irrita.
Tomem coragem e leiam.

Modismos de linguagem

O brasileiro tem mania de inventar modismos de linguagem que me irritam profundamente. Agora que o “gerundismo” está em decadência apareceu a mania do duplo sujeito na frase, falando-se “ele” ou “ela” depois do sujeito. Exemplo: O consumidor, ele tem o direito de trocar um produto.
Pra que esse “ele” depois do consumidor? É uma frescura que já está virando moda. Eu costumo ouvir no carro a Bandnews, uma estação de FM que transmite notícias e variedades; já ouvi diversos entrevistados empregarem esse vício de linguagem, inclusive ministros, empresários e outros personagens que supostamente deveriam conhecer melhor a língua portuguesa.
Outro vício, que poucos percebem, mas que é muito comum, é a introdução da palavrinha “”; nesse caso até locutores e comentaristas cometem essa babaquice. Exemplo: Vamos todos aí protestar contra o aumento de preços.
Esse “aí” é totalmente desnecessário, não é advérbio de lugar nem de nada; não lembro quando isso começou e como ninguém comenta, certamente vai continuar a ser usado.
Eu também vou começar a inventar moda, mas na linguagem escrita; vou adotar a regra de, quando possível, suprimir uma ou mais letras, substituindo-as por apóstrofo, o que aliás já fiz algumas vezes. Exemplos: vou pela Vi’Anhanguera; outro: estou c’Anna. Mais um: depositei dinheiro n’Itaú.
Com a generosidade que me caracteriza, autorizo desde já a usarem esse moderno sistema de escrita sem o pagamento de direitos autorais.


Pesquisa

Dizem que pãos ou pões é questão de opiniães; assim, eu gostaria de saber a opinião de meus amigos sobre a realização dos Jogos Olímpicos no Rio em 2016. Tendo em vista as condições sócio-econômico-cultural dos fiéis(?) leitores deste humilde blog , o resultado desta pesquisa retratará com boa precisão a opinião da elite dominante do Brasil.
Então, vocês acham que será bom ou ruim para o Brasil? Respostas para o meu e-mail:
kir.robertoa@gmail.com
.

Agradeço desde já e divulgarei o resultado no próximo blog.
Se ninguém responder, não tem problema, eu invento o resultado.


Pudim de Pão da Preguiça


No liquidificador:
1 litro de leite;
4 ovos inteiros;
2 xícaras de chá de açúcar;
Casca de uma laranja.

Forrar uma forma grande com calda de açúcar queimado. Pôr fatias de pão em volta da forma, grudando-as bem na calda. Pôr fatias de pão até a metade.
Acrescentar uvas passas, nozes e, opcionalmente, queijo ralado ou coco ralado.
Encher a forma até a borda com fatias de pão. Colocar os ingredientes batidos no liquidificador em cima de todo o pão; com uma colher, ir pressionando para embeber bem o pão no leite. Levar ao forno (não é banho-maria) por 30 a 35 minutos. Pode ser congelado.