segunda-feira, 27 de julho de 2009

O tamanho, as almas gêmeas e o primeiro jato

Tamanho é importante

Uma leitora (sim, eu as tenho!) comentou que os textos do meu blog são muito longos e por isso podem desestimular sua leitura.
Em se tratando de tamanho, acho que a opinião das mulheres deve ser levada em conta e assim procurarei escrever também textos menores para satisfazer os mais impacientes ou os mais ocupados.
E sin perder la ternura.

Almas gêmeas


As pessoas que convivem comigo já me ouviram comparar Rubens Barrichelo e Muricy Camargo; eu costumo dizer que Muricy é o Barrichelo do futebol e Barrichelo é o Muricy da Fórmula 1.
Reparem que ambos raramente sorriem, tem feições soturnas e caras de derrotados. Além disso, nunca assumem responsabilidade pelos seus fracassos; pelo contrário, sempre procuram culpados. Os dois também se julgam muito melhores do que realmente são; o Muricy pelo menos é sortudo, recebeu uma bela equipe do São Paulo e foi tri-campeão brasileiro, enquanto que o seu colega de casmurrice é um enorme pé frio.
Se depender de seus méritos, Barrichelo vai disputar o campeonato piauiense de kart e Muricy vai ser técnico do Ibiapinense, da terceira divisão do Acre.

Nunca despreze o primeiro jato.

Recentemente fui a um laboratório de análises clínicas para fazer um exame de urina e a atendente, ao me entregar o frasco para guardar a amostra a ser analisada, recomendou desprezar o primeiro jato.
Achei essa recomendação muito antipática e preconceituosa e, claro, não obedeci.
Meus pais me ensinaram a tratar bem a todos, independentemente da sua condição social, econômica, cultural, religiosa e racial e não seria depois de velho que eu haveria de desprezar um jato só por ser o primeiro.
Fora isso, existe ainda um aspecto emocional envolvido na questão: o primeiro jato é justamente aquele que nos alivia quando estamos apertados, é o que nos dá aquela sensação leveza e felicidade quando começamos a operação de esvaziamento da bexiga e seria enorme ingratidão e pensar em desprezá-lo.
Em conversas com outras pessoas, fiquei sabendo que essa antipatia pelo primeiro jato existe em vários laboratórios, não só no Biesp, onde fiz meu exame. Pelo visto, deve ser uma orientação da associação da classe, com propósitos certamente inconfessáveis.
Estou começando aqui uma campanha a favor do primeiro jato; no seu próximo exame pretigie-o, enalteça-o e deixe bem clara sua posição caso alguém do laboratório ousar fazer qualquer observação menos educada ou preconceituosa.
Vamos à luta.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fatos lamentáveis e outos nem tanto

Fatos lamentáveis

Dentre os fatos lamentáveis ocorridos nos últimos dias, vou me referir a quatro: a roubalheira da família Sarney, a morte do Michael Jackson, a deposição do presidente de Honduras e a vitória do Corinthians na Taça do Brasil. Destes, apenas um não tem solução, é irreversível: a morte de Michael Jackson; os demais logo cairão no esquecimento e daqui a algum tempo ninguém se lembrará deles.
Vejam se concordam comigo. O Sarney está cada dia mais desmoralizado e seu poder vai aos poucos se extinguindo e quando ele não valer nada, será descartado da política. Isso se antes ele não ficar gagá.
O presidente de Honduras deve ser um grande filho da puta, pois está sendo apoiado pelo Obama e pelo Hugo Chavez; se esses dois, que divergem sobre qualquer assunto, apóiam o sujeito, está na cara que ele não presta.
Quanto ao Corinthians, apesar de ter chegado à final do torneio sem enfrentar nenhum adversário decente, ganhou bem do Internacional de Porto Alegre. Espero que essa vitória lhes faça crer que são os bons e que na primeira derrota percebam que não são tudo isso e caiam na real.
Tenho até vergonha de dizer, mas só passei a conhecer a música de Michael Jackson depois de sua morte. Nunca me interessei por sua obra, achava (e ainda acho) sua figura deprimente, um ex-negro simpático que se metamorfoseou num ser estranho, quase que uma caricatura. Assim, não entendi porque tanta agitação pela sua morte, até que passei a ouvir algumas de suas composições, que eu gostava, mas não sabia que eram dele.
Apesar disso tudo, achei de muito mau gosto o show armado em seu velório.
Descanse em paz.

Salve o tricolor paulista.

Alguns amigos estão tentando tirar sarro de mim pelo fato de o Glorioso e Insuperável São Paulo Futebol Clube não estar (ainda) nas primeiras colocações no campeonato brasileiro.
Estão perdendo seu tempo; os torcedores do São Paulo são os que aceitam com a maior tranqüilidade as raríssimas fases ruins por que passa o time.
Somos os maiores vencedores do Brasil, o único tri mundial de verdade, o único a ganhar 6 (seis) campeonatos brasileiros, sendo 3 (três) em seguida, temos o melhor estádio, os melhores centros de treinamento, o melhor centro de fisioterapia e recuperação de atletas. Exatamente por esses motivos, os torcedores dos demais times exultam quando o São Paulo não está ganhando, pois somos SEMPRE o adversário a ser batido.
É evidente que não se pode ganhar sempre, daí a graça do esporte, mas o meu time me faz lembrar de um personagem do livro “Os pastores da noite” de Jorge Amado, que dizia:
- Não se pode comer todas as mulheres do mundo, mas deve se fazer um esforço para isso.
É assim o tricolor, não podemos ganhar sempre, mas senão bobearem, crau em vocês.