domingo, 26 de abril de 2009

Ói nóis aqui otra veis


Proposta de reforma política

A roubalheira desenfreada que só agora está sendo divulgada com mais ênfase pela mídia, é há muito tempo a marca registrada de um grande número de políticos e autoridades brasileiras, nos três poderes e nas várias instâncias do poder (desde o fiscalzinho da feira-livre até o presidente do STF).
No poder legislativo, a sem-vergonhice dos nossos representantes é de tal monta que o senador Cristóvão Buarque acenou com a possibilidade de um plebiscito para o povo decidir se o congresso deve ser fechado. Evidentemente, quem já viveu sob uma ditadura sabe que essa não é a solução, mas da maneira como as coisas estão se encaminhando, não sei não... Os milicos andam muito quietos e isso não é um bom sinal.
Antes que o pior aconteça, é preciso que se faça uma reforma política e é aí que eu vou meter a minha colher; apresento a seguir uma proposta (quase séria) de reforma no poder legislativo federal.

Primeira providência: acabar com o senado. Essa merda é um cabide de empregos, os senadores estão lá só para atrapalhar e atrasar o processo legislativo. Basta uma câmara e o que ela decidir, está decidido e ponto final. Aliás, o senado é também chamado de “câmara alta”; então, a outra, a câmara dos deputados é, lógico, a “câmara baixa” e põe baixa nisso.

Segunda providência: diminuir pela metade o número de deputados. Qualquer pessoa que participou de uma reunião de trabalho sabe que reunião com mais de 3 pessoas não chega a lugar nenhum, quanto mais com centenas de deputados.

Terceira e mais importante: não se votará mais em deputados pessoas físicas, mas sim em partidos políticos. Antes das eleições cada partido publica seu programa, registra no Tribunal Superior Eleitoral os princípios que defenderá, as propostas que pretende apresentar, enfim deixa claro sua plataforma, de maneira que no futuro seus eleitores poderão acompanhar seu desempenho e cobrar o cumprimento de promessas.
Cada partido terá um número de vagas proporcional à sua votação e as vagas serão preenchidas por pessoas indicadas pelo partido. Essas pessoas poderão mudar, de acordo com o tema a ser discutido em cada reunião. Assim, por exemplo, se o assunto for saúde, o partido, designará um especialista na área para defender seu ponto de vista; caso não tenha em seus quadros pessoa com a devida qualificação, poderá contratar alguém capacitado.
Com isso, não será mais necessário que as excelências disponham de apartamentos para sua moradia e das famílias; como a permanência por Brasília será de curto prazo, o partido terá direito a apartamentos em flats, com serviços de arrumadeira e café da manhã e nada mais. Claro que cada parlamentar poderá usar um carro e motorista da Câmara para levá-lo ao trabalho e de volta para o flat; para outros deslocamentos, cada um que pague sua condução, como o comum dos mortais.
As passagens aéreas de ida e volta do deputado da vez, da sua cidade de origem até Brasília, serão reembolsadas pela Câmara mediante a apresentação dos comprovantes. Nada de franquia de correspondência, número imenso de assessores e o cacete a quatro. Cada partido receberia da Câmara uma quantia calculada para esses tipos de despesas, da qual não precisaria nem prestar contas.
A maior vantagem desse sistema não está porem na economia ao erário, mas na limpeza que seria processada na Câmara dos Deputados. Nunca mais correríamos o risco de sermos representados por figuras que tem muita popularidade, mas não possuem a mínima condição de decidir nem qual a marca do café que deve ser servido aos deputados. Não se trata de preconceito contra cantores, artistas de TV, jogadores de futebol e similares, que tem grande apelo popular; eles poderão ser indicados pelos partidos, desde que tenham competência para discutir as matérias que serão debatidas. Mas com certeza estaremos livres de figuras como coronéis nordestinos, malandros que só querem se eleger para gozar de foro privilegiado para o julgamento dos crimes comuns que cometem, parentes de líderes locais e outros do mesmo naipe.
Infelizmente, como ninguém me leva a sério, essa reforma jamais será implementada e só nos restará ficar esperneando.
Quando eu tinha uns 18 anos achava que no futuro, quando a minha geração estivesse no comando o Brasil, as coisas seriam diferentes, pois éramos idealistas e patriotas; hoje vejo com tristeza que está muito pior e, mais triste ainda, que não há nenhum sinal de mudança.
Um amigo meu disse uma vez: “Nesta época de corruptos insaciáveis, facções criminosas e aids, sinto saudades do Adhemar de Barros, do Meneghetti e da gonorréia” (Isso só os mais velhos entenderão).

O “cara” da vez

O “cara” da vez é sem dúvida o Ministro Joaquim Barbosa do STF, que teve a oportunidade, e não a perdeu, de dizer na fuça do presidente daquele órgão, o Ministro Gilmar “Hábeas Express” Mendes, o que muitas pessoas gostariam de dizer. É explicável a bronca do Dr. Joaquim; ele foi procurador e sabe como é difícil para a polícia e para o Ministério Público conseguir provas contra larápios de colarinho branco, que tem advogados e consultores em profusão e usam de todos os artifícios para ocultar suas safadezas. E quando a polícia consegue reunir essas provas e manda prender o fdp, vai lá o Gilmar e manda soltar.
Como não existem mais líderes decentes no Brasil, já se até falou na candidatura dele à presidência da República. O fato é que a parcela pensante e bem informada da população está desesperada; nenhum dos pré-candidatos (Dilma, Serra, Aécio) aparenta ter condições de governar o país e nisso é que mora o perigo; de repente aparece alguém com algum carisma (tipo Enéas, ou Sílvio Santos) e acaba sendo eleito. Aí, como dizia minha avó, fudeu de vez.



domingo, 19 de abril de 2009

A volta da chibata

A volta da chibata

A TV mostrou diversas vezes nesta semana as cenas de seguranças da estrada de ferro na estação de Madureira distribuindo porradas em passageiros; pensando um pouco mais no assunto e me colocando na posição dos seguranças, eu acho que faria o mesmo, desceria o cacete neles.
Ou vocês acham que os passageiros obedeceriam aos pedidos dos seguranças:
- Cavalheiro, poderia o senhor por gentileza desobstruir a porta para que outros passageiros possam embarcar? Ou:
- Senhores, por favor, desçam do teto do trem, pois aí correm perigo!
Os seguranças são pagos para organizar o embarque e desembarque, impedir atos de vandalismo e zelar para que os passageiros não cometam excessos; conhecendo como o povão reage, ainda mais no Rio de Janeiro, não vejo outra solução, a não ser dar chibatadas.
Ainda nessa linha, eu sou francamente favorável á volta dos castigos físicos aplicados em criminosos das mais variadas categorias; uma boa surra mete muito mais medo do que uns dias em cana.
Eu começaria com os criminosos de colarinho branco; no ato da prisão, deveriam esses safados levarem um número de chicotadas proporcional ao dinheiro que roubaram dos cofres públicos. Já imaginaram o Maluf, Pitta, Daniel Dantas, Edmar Cid Ferreira, Eliana Tranchesi e outros sendo chibatados, com transmissão ao vivo pela TV e com repeteco dos melhores momentos? E tem que ser logo, antes do ministro Gilmar “Habea Express” Mendes emitir a ordem de soltura.
Se, por acaso, algum desses fosse mais tarde considerado inocente, ele teria direito de mover uma ação de indenização por danos morais contra o Estado, ação essa que deveria ser impetrada numa instância bem primária e percorrer todo o tortuoso caminho do judiciário. Depois de 50 anos, finalmente a ação seria julgada pelo Supremo Tribunal Federal e se o impetrante saísse vitorioso, a quantia a que ele faz jus será juntada aos demais precatórios e talvez lá pelo ano 2209 seus descendentes veriam a cor da grana.
E o que dizer de outros crimes hediondos; pedófilos e estupradores deveriam ser castrados por meios mecânicos e sem anestesia. Seqüestradores poderiam ser surrados pelos seqüestrados e seus parentes e amigos. Traficantes poderiam ser condenados a trabalhos forçados, como trabalhar na construção de estradas, casas populares, portos etc. E por aí a fora; estou convicto que a criminalidade iria diminuir consideravelmente.
Então, vamos lutar para alterar a Constituição e o Código Penal?



FRASES

Todos nós recebemos e-mails com citações de frases ditas por sábios, cientistas e doutores. Eu gosto de citar frases ditas por pessoas mais simples, como poetas populares, que também são recheadas de poesia e sabedoria. Alguns exemplos:

“Mais que nunca é preciso cantar para alegrar a cidade” de Chico Buarque de Holanda.

“Não posso definir aquele azul, não era do céu, não era do mar; foi um rio que passou na minha vida” de Paulinho da Viola.

“Tu pisavas nos astros distraída”, de Orestes Barbosa; li e algum lugar que Manuel Bandeira considerou esse o verso mais bonito da língua portuguesa.

“ A formiga só trabalha porque não sabe cantar”, de Raul Seixas.
E vou ficando por aqui;até a próxima, se houver.

domingo, 12 de abril de 2009

Este é o primeiro

Como eu tenho contribuído para diminuir a poluição e não aumentar o aquecimento global

Desde quando comecei a dirigir automóvel nunca fiquei parado em sinais vermelhos inúteis e só agora me dei conta de que contribui para a redução da poluição e do aquecimento do planeta.
Vocês não concordam que ficar parado num cruzamento só porque o sinal está vermelho é uma grande bobagem? Se não há carros próximos ao cruzamento, nem pedestres atravessando a rua e, claro, nem guardas ou radar fotográfico, ficar parado significa maior consumo de combustível, mais poluição etc, etc, etc...
Em São Paulo o número de esquinas com sinais de trânsito (implico com o termo “semáforo” e mais ainda com “farol”) é estupidamente grande, pelo menos nos locais por onde eu circulo. (Se este não fosse um país em que os homens públicos se caracterizam pela honestidade e retidão de caráter, eu poderia até pensar que a instalação desses equipamentos fosse estimulada pelos seus fabricantes mediante o pagamento de um pequeno suborno). Portanto, se todos se comportarem como eu, não haverá nenhum acidente a mais e toneladas de agentes poluentes deixarão de ser lançadas na atmosfera. Além disso, economizarão combustível, bateria, óleo e a essa economia, computada ao longo de sua vida, será bem significativa. No meu caso, que dirijo há 50 anos, a economia daria para comprar um senador.
Assim, conclamo aos que tiveram paciência de ler este textículo até o fim, que deixem de ser guiados por uma luz colorida e pensem no bem estar do planeta terra.

Amigos (as), caso não concordem comigo (será que algum doido concordará?) não se sintam culpados; dizem que os peidos de bois e carneiros são grandes culpados pela poluição ambiental e não é por causa disso que os rebanhos serão dizimados.


Briga de casal

Semana passada fui com Karola a uma dessas lojas chiques que vendem presentes de casamento. Enquanto ela escolhia o que comprar, eu fiquei andando pela loja, que é bem grande. Entrei numa sala e lá estava um casal diante de um mostruário e discutindo em termos pouco gentis; eles não perceberam a minha chegada e continuaram o quebra-pau. Numa dessas, quando a mulher escolheu um vaso, que devia ser caríssimo o marido disse que ela estava cometendo uma burrice. A madame, puta da vida, respondeu:
- Então você acha que eu sou burra! E você, por acaso, se considera muito inteligente?
Resposta dele:
- Meu bem, eu posso não ser um Einstein, mas também não sou nenhum Muricy.
Saí de perto para poder rir a vontade.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ói eu aqui

Olá amigas, amigos, parentes, conhecidos e desafetos.
Aprendi como montar um blog e pretendo, quando tiver tempo, engenho e arte, escrever algumas idéias doidas que passam pela minha cuca e comentar fatos do cotidiano, da política, dos esportes e de qualquer outra coisa que eu, com redator-chefe deste bolg, decida publicar.
Aceitarei também publicações de terceiros, desde que passem pela minha severa censura.
Preparem-se para as robertices.