domingo, 31 de maio de 2009

Mais umas bobagens

Politicamente correto = hipocrisia.
Sistema de cotas = burrice


Minha mãe não pronunciava a palavra “câncer”; dizia “aquela doença” ou “doença ruim”. Dava a impressão que a pessoa que sofria de câncer tinha cometido algum crime hediondo ou era mau caráter, enfim, tinha culpa no cartório.
O tal do “politicamente correto” (mais uma bobagem inventada no exterior e macaqueada aqui) é a mesma coisa: não se pode dizer o nome certo de uma doença ou defeito físico, como se fosse vergonhoso ser portador desse problema.
Lembram-se daquela história infantil sobre o rei que saiu nu na rua? Todos viam, mas ninguém falava nada, até que uma criança disse: “O rei está nu!” e só então todos perceberam como estavam sendo tolos.
Não é nenhum desrespeito dizer que alguém é cego ou surdo ou paralítico; desrespeito é não propiciar a essas pessoas meios de amenizar seu sofrimento.
O mesmo se aplica aos negros, que são chamados de afro descendentes (não sei se tem hífen); nesse caso o preconceito é explícito, já que nisseis não são chamados de nipo descendentes, os de família alemã de teuto descendentes e assim por diante.
Essa idiotice me levou a lembrar de outra, essa mais grave: o sistema de reserva de vagas em universidades para negros, índios e alunos de escolas públicas. Quanto a esse último quesito, se fosse em Portugal estaríamos todos morrendo de rir.
- Não é que os lusos, ao invés de melhorar o ensino público, dão aos alunos das escolas públicas uma cota de vagas em universidades, ó pá.
A escola pública pode continuar uma merda, mas o aluno tem mais chance de cursar uma faculdade.
Já a reserva de vagas por questões raciais pode fazer o tiro sair pela culatra; tenho certeza que no futuro muita gente deixará de contratar profissionais negros ou índios imaginando que eles só conseguiram entrar na faculdade devido às cotas e, portanto, seriam menos competentes que seus colegas de outras raças.
Se o negócio é selecionar pela raça, então sugiro que se limite o número de japoneses que podem ser admitidos nas faculdades, pois os amarelinhos cus de ferro são os reis dos vestibulares.
Outra injustiça: hoje em dia há muitos negros ricos, que podem frequentar boas escolas e cursinhos e não é justo que eles tenham direito às cotas. Os filhos do Pelé e os netos do Dr. Joaquim Barbosa não devem ter mais direitos do que os meus filhos e netos.
Enfim, mais uma invenção dos nossos brilhantes legisladores que vamos ter que engolir.

Implicâncias

Duvido que você não implique ou se antipatize com alguma coisa, pessoa, animal ou situação. Eu sou um implicante contumaz, que escolho minhas implicâncias cuidadosamente; eu tenho implicâncias permanentes e implicâncias temporárias, que vou mudando para não ficar monótono.
As permanentes são sobejamente conhecidas pela minha família, de tal forma que no Natal do ano passado, numa brincadeira de “inimigo oculto” que fizemos, meu neto Paulo Roberto montou um quadro com ilustrações das minhas implicâncias: foto de um shopping center, o logotipo do Bradesco, uma moto, um sanduíche do Mc Donalds, um conjunto de cebolas e alhos (todas da categoria “permanente”) e uma foto do Muricy (maldito seja!), categoria “temporária”, que será retirado da lista quando ele for demitido.
Algumas temporárias atuais: comentaristas ou apresentadores de TV que se acham os donos da verdade e são extremamente arrogantes. Exemplos típicos: Boris Casoy, Jabor, Roberto Justus, Drauzio Varela. Outra: pessoas que começam frases dizendo: veja bem. Karola tem um inquilino nessa categoria, que responde qualquer pergunta dizendo antes:
- Veja bem...
Semana passada quando estávamos falando no telefone e ele soltou o tal de “veja bem”, eu disse para ele esperar que eu ia buscar meus óculos.
Implico também com cartazes em vitrines de lojas com dizeres em inglês: 30% off, delivery, sale, outlet, put a keep are you.
Cachorros poodle e qualquer cachorro com roupa também estão na minha lista.
Vou continuar implicando; é muito bom e não prejudica ninguém.
E estou aceitando sugestões para itens implicáveis; cartas para a redação.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desculpem a demora

Prezados

Por motivo de férias fiquei algum tempo sem publicar este impoluto blog; espero que não tenham ficados muito ansiosos e prometo não tirar férias nas próximas duas semanas.

Se querem copiar, copiem direito.

Não tinha a intenção de falar de política nesta postagem, mas se estão lembrados, no meu blog anterior dei uma sugestão de reforma política que preconizava a votação em partidos e não em pessoas.
Na semana retrasada foi proposta na Câmara Federal uma idéia semelhante, mas com uma grande diferença: o partido escolhe os nomes dos congressistas e estes permanecerão no Congresso até o fim dos seus mandatos. A minha proposta, recordam-se, era muito mais inteligente (modéstia às favas): os deputados e senadores poderiam (e deveriam) mudar, de acordo com o tema a ser debatido ou por outro motivo qualquer.
Mas a simples discussão do assunto já é um progresso e se os nobres representantes do povo tiverem juízo, chegarão à minha sugestão.



FUTEBOL

Com a devida licença dos que não apreciam o esporte bretão, vou tratar aqui de um tema do qual gosto muito, o jogo de bola. Mas não discutirei aspectos técnicos do jogo; todos acham que entendem de futebol e não adianta discutir porque não se chega a nenhum acordo.
Agora vou trazer mais uma proposta revolucionária, porém realista, sobre as competições internacionais entre seleções, como Copa do Mundo, Copa América, Copa da Europa e similares.
A minha idéia: os torneios devem ser entre confederações e não entre paises. Assim, por exemplo, jogariam pela Confederação Italiana os jogadores que na época da convocação estiverem inscritos em clubes italianos, independentemente da sua nacionalidade.
Está na cara que essa modalidade de competição retrata com fidelidade o futebol praticado em cada país; ao mesmo tempo, se desvincula o esporte do patriotismo e do nacionalismo. A famosa frase de Nelson Rodrigues: “A seleção é a Pátria de chuteiras” já não tem mais razão de ser, pois os jogadores brasileiros que jogam no exterior estão pouco se cagando pela seleção; já ganharam fama e fortuna e não estão dispostos a arriscar as ricas canelinhas pela pátria amada, salve, salve. E essa babaquice de tocar os hinos nacionais antes da partida já não precisará mais acontecer.
Além disso, como o mundo está passando por uma crise econômica, essa minha sugestão é ainda mais oportuna, já que não se gastará mais grana com passagens dos jogadores de ida e volta aos seus paises para treinamento; mais ainda, os jogadores não ficarão afastados de suas famílias e não irão mais a baladas, onde ficam expostos a vários riscos, desde doenças sexualmente transmitiveis até a programas com travecos.

No caso do Brasil fica muito mais fácil a convocação dos jogadores, pois o técnico terá muitas oportunidades de vê-los jogar.
Mas, poderão vocês dizer, desse modo o Brasil nunca mais vai ganhar a Copa do Mundo.
E daí?, respondo eu. Há muito tempo deixei de torcer pele seleção, exatamente quando a CBF escolheu um tal de Lazzaroni para ser o técnico; nesse dia eu percebi que a coisa não era séria e não valia a pena sofrer e torcer. E hoje em dia está ainda pior, porque os aspectos comerciais influem muito mais que os esportivos, tanto no que se refere à marcação de jogos amistosos quanto à convocação de jogadores. Os interesses dos patrocinadores, dos empresários (na verdade donos) de jogadores e das emissoras de TV (leia-se Globo) prevalecem sobre quaisquer outros.
Não posso encerrar sem uma única observação sobre o jogo em si. Numa das partidas da seleção o Robinho deu uma série de dribles num gringo de cintura dura e o Galvão Bueno quase teve um orgasmo. Nos anos 50, o Canhoteiro (ponta esquerda do São Paulo F.C.) dava vários dribles semelhantes ao do Robinho em todos os jogos. Infelzmente, também não se joga mais no Brasil como antigamente.


Pesquisa sobre trânsito

Por sugestão do meu amigo Gian “PDG” Mascheretti, gostaria de saber a opinião dos que moram em São Paulo sobre o seguinte:

Vocês acham que as faixas exclusivas de ônibus implantadas em várias avenidas (e que estão quase sempre vazias) deveriam ser usadas obrigatoriamente também pelos motoqueiros?
Por favor, respondam para o meu e-mail: kir.robertoa@gmail.com.

Desde já, muit’obrigado.

Para terminar aqui vai um conselho grátis:


Não puxe a brasa para a sua sardinha; é muito mais seguro e eficiente empurrar sua sardinha para perto da brasa.
E como todos estão plantando trigo, eu vou mais é plantar joio.

Até o próximo